Wikisource ptwikisource https://pt.wikisource.org/wiki/Wikisource:P%C3%A1gina_principal MediaWiki 1.39.0-wmf.25 first-letter Multimédia Especial Discussão Utilizador Utilizador Discussão Wikisource Wikisource Discussão Ficheiro Ficheiro Discussão MediaWiki MediaWiki Discussão Predefinição Predefinição Discussão Ajuda Ajuda Discussão Categoria Categoria Discussão Portal Portal Discussão Autor Autor Discussão Galeria Galeria Discussão Página Página Discussão Em Tradução Discussão Em Tradução Anexo Anexo Discussão TimedText TimedText talk Módulo Módulo Discussão Gadget Gadget talk Gadget definition Gadget definition talk Hino do município de Cabrobó 0 174509 467763 395551 2022-08-19T18:24:56Z 2804:E94:94D:F500:E544:6642:17B7:8C8C wikitext text/x-wiki {{hino |obra =Hino do município de {{w|Cabrobó}} |letra por =Eduardo Feijó de Araújo Paiva |melodia por = Alessandro Pires Cavalcanti Alves |notas = }} <poem> Em caravelas de terras distantes, Bravos homens em naus a singra Novo mundo, Brasil, Rio São Francisco Em paragens tropicais ancorar Sesmarias, sertões tão distantes Com bandeiras rio acima adentrar Pelo sonho de em terras alheias Entre serras e ilhas edificar CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, com tambores rufando alertar Para chegada de nobres e vaqueiros A existência da tribo TRUKÁ Bravos homens vindo além do mar Construir essa nova nação Missionários e índios guerreiros Se fundindo em um mesmo brasão Sangue Negro trouxe a força bruta De quilombos para miscigenar O orgulho do povo da terra O teu nome eu hei de eternizar CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, com tambores seguindo em procissão Festejando em tom ecumênico É beleza do grande sertão Quando as águas do Rio São Francisco Tuas terras ousaram inundar Veio a fibra e a bravura dos homens Para de novo dos escombros levantar Na cebola força da agricultura Na história tu tens para lembrar Cassiano, Solônio, Dias Ávila Gonçalo Coelho e o Coronel Trapiá CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, quando vejo a matriz imponente Ganho a força e choro contente À memória de Brígida Alencar </poem> [[Categoria:Hinos de Pernambuco|Cabrobo]] 11btgtj2pwjdi7h77sxwqn3a0m3y3rh 467764 467763 2022-08-19T18:25:19Z 2804:E94:94D:F500:E544:6642:17B7:8C8C wikitext text/x-wiki {{hino |obra =Hino do município de {{w|Cabrobó}} |letra por =Eduardo Feijó de Araújo Paiva |melodia por = Alessandro Pires Cavalcanti Alves |notas = }} <poem> Em caravelas de terras distantes, Bravos homens em naus a singrar Novo mundo, Brasil, Rio São Francisco Em paragens tropicais ancorar Sesmarias, sertões tão distantes Com bandeiras rio acima adentrar Pelo sonho de em terras alheias Entre serras e ilhas edificar CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, com tambores rufando alertar Para chegada de nobres e vaqueiros A existência da tribo TRUKÁ Bravos homens vindo além do mar Construir essa nova nação Missionários e índios guerreiros Se fundindo em um mesmo brasão Sangue Negro trouxe a força bruta De quilombos para miscigenar O orgulho do povo da terra O teu nome eu hei de eternizar CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, com tambores seguindo em procissão Festejando em tom ecumênico É beleza do grande sertão Quando as águas do Rio São Francisco Tuas terras ousaram inundar Veio a fibra e a bravura dos homens Para de novo dos escombros levantar Na cebola força da agricultura Na história tu tens para lembrar Cassiano, Solônio, Dias Ávila Gonçalo Coelho e o Coronel Trapiá CABROBÓ, CABROBÓ ouço ainda a nação KARIRI CABROBÓ, CABROBÓ, quando vejo a matriz imponente Ganho a força e choro contente À memória de Brígida Alencar </poem> [[Categoria:Hinos de Pernambuco|Cabrobo]] mzchr7uw5gkhmr7u5nyj6xf9vntf64k Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/16 106 218653 467765 2022-08-19T18:49:28Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|14}} {{right|De Magistro}} {{rule|40em}}</noinclude>::E, ao vir a Milão para ver o Bispo Ambrósio, notório em todos os cantos da terra por seus excepcionais predicados e vosso mui respeitoso servidor, cujo vigor de sua eloqüência diligentemente alimentava a ti [...] zelosamente o ouvia quando pregava ao povo, não com a intenção de obrigação, mas para explorar a sua facilidade em falar e ver se correspondia a notoriedade; conforme assentava a sua fama; se realmente era uma sumidade ou se seria indigno da reputação em oratória que lhe predicavam [...] deleitava-me com a suavidade do sermão, tanto quanto com a sua erudição, muito maior que a de Fausto<ref>[...] et ueni Mediolanium ad Ambrosium episcopum, in optimis notum orbi terrae, pium cultorem tuum, cuius tunc eloquia strenue ministrabant adipem frumenti tui [...] studiose audebam disputantem in populo, non intentione, qua debui, sed quasi explorans eius facundiam, utrum conueniret famae suae, an maior minorue proflueret, quam praedicabatur [...] et delectabar sermonis suauitate, quamquam eruditioris, minus tamen hilarescentis atque mulcentis, quam Fausti erat.</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''V - XIII'''.23). Agostinho, a partir dos ensinamentos da Sagrada Escritura recebidos de Ambrósio, pôde vivenciar o sentido da transcendência cristã: ::[...] frequentemente ouvia Ambrosio dirigir-se ao povo em copiosos sermões; [...] A letra mata, por outro lado o espírito vivifica [...] removido o véu místico do que foi dito e me agravou, a espiritualidade se desvela, dado que se porventura não se falasse, a verdade até agora fosse ignorada<ref>[...] saepe in popularibus sermonibus suis dicentem Ambrosium laetus audiebam: Littera occidit, spiritus autem uiuificat, cum ea [...] remoto mystico uelamento spiritaliter aperiret, non dicens quod me offenderet, quamuis ea diceret, quae utrum uera essent adhuc ignorarem.</ref> (in CONFESSION''V''M Liber '''VI - IV.'''6). A influência neoplatônica, segundo Costa (2002), deu-se pelas traduções latinas de Victorino (285-362); entres outras, a ''Ysagoge'' de Porfírio, as ''Categorias de Aristóteles'' e as ''Enéadas'' de<noinclude></noinclude> bmz5k4r42jenuzns6zz351705mctbzz Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/35 106 218654 467766 2022-08-19T18:51:29Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{right|Robert Helling {{!}} 35}}</noinclude>Era a costa do Brasil. De toda a América do Sul, os alemães só tem noção de dois países: a Argentina com seu trigo e suas ovelhas e o Brasil com o café e os diamantes. Todos pensam: onde há tanta riqueza, um pouco vai sobrar para eu e meus filhos podermos viver. E sem precisar pagar impostos, sem necessidade de carvão, livre da eterna tutela das autoridades alemãs, como deve ser bom viver por lá, além disso, a enorme fertilidade do solo virgem! Mas como sempre: onde há muita luz, há também muita sombra. A riqueza do Brasil, na maior parte, ainda é inexplorada, e os capitais para tanto precisam vir da América do Norte e Europa. O colono precisa pagar muito pouco ou quase nada de impostos, mas indiretamente ele paga talvez mais do que na Alemanha, pois os artigos de consumo são muito caros; ele não precisa de carvão, mas em compensação sofre com o calor; é livre da tutela das autoridades alemãs, mas em compensação não desfruta de beneficios como auxílio saúde, seguro desemprego, etc... Sobre o solo fértil certamente cresce tudo muito bem, mas também a erva daninha, e é preciso um trabalho fatigante para arrancá-la. Poucos passageiros tinham noção desses inconvenientes enquanto agora, de hora em hora, dia após dia, a terra se aproximava, ora mais próxima, ora mais distante. O navio raras vezes navegava sem ter uma visão da costa e quando se via as palmeiras sobre as brandas colinas acenarem com suas delicadas e gigantescas folhas, parecia como uma saudação do país mágico. Os mapas foram estudados fervorosamente, pois o nosso navio não atracou em parte alguma, além do seu destino São Francisco. Já havíamos deslizado pela cálida Bahia, pela maravilha do Rio de Janeiro, pelo porto cafeeiro de Santos e finalmente estávamos em São Francisco. O vapor ficou um pouco para fora, pois seu calado não permitiu atracar no baluarte. Decepção geral, pois já haviam forjado planos de tudo o que nós íamos fazer no passeio em terra. Um berlinense parou ao meu lado e cuspiu a bordo. "Água suja e atrás um pouco de terra", opinou ele desdenhosamente. Eu me apoiei na balaustrada, olhei de cima para a balbúrdia de barcos que circundavam o navio e meus pensamentos vaguearam de volta à casa paterna e ao futuro distante, que subitamente<noinclude></noinclude> jmaty1suzn7l9n1qbfl034w0enzn470 Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/36 106 218655 467767 2022-08-20T10:18:22Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|36 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>estava tão próximo de nós, e um sentimento incômodo crescia em mim, por não conhecer aqui viva alma, quando, de repente, de um dos barcos lá embaixo meu nome foi chamado no mais perfeito dialeto de Berlim: “Ah, Helling, você também está aqui?” Eu olhei para baixo e lá estava meu amigo Karl atirado em um dos botes, o mesmo amigo com o qual eu ia à escola. Como este mundo é pequeno! Karl havia emigrado dois anos antes de mim, eu só não sabia para onde. Durante a noite nós ficamos ainda a bordo; no dia seguinte por volta do meio dia íamos embarcar em um pitoresco vapor que nos levaria a Joinville. O vapor estava superlotado e um dos emigrantes perguntou ao timoneiro, se não havia nenhum bote salva-vidas, pois navegávamos pela grande baía como se estivéssemos em mar aberto, e somente ao longe se viam algumas ilhotas. Mas o timoneiro riu ironicamente e respondeu em belo dialeto: “Eu também nunca me afoguei!” O calor era sufocante e o vaporzinho pôs-se em movimento, mas não tinha pressa, e a passo de lesma fomos adiante. Os passageiros nativos que se encontravam a bordo foram bombardeados com perguntas e, já que a maioria falava alemão, as mais inacreditáveis façanhas foram contadas e acolhidas pelos novatos em parte com pavor, em parte com escárnio. Mas sob uma temperatura de trinta e cinco graus, por fim, a mais fantástica lorota deixa de ser interessante. Da baía aberta entramos lentamente em um canal cada vez mais estreito, e finalmente parecia-se com um rio, cujas margens, entretanto, nós não podíamos ver, pois árvores e taquaras formavam uma parede verde. “Meu Deus, quanto mosquito!”, reclamou um sério alemão de Holstein, e realmente, quanto mais nós penetrávamos no crepúsculo verde do rio, mais demônios alados apareciam zumbindo em volta de nossas cabeças. Um homem da tripulação nos informou que esses adoráveis bichinhos não seriam os perigosos mosquitos, mas sim pernilongos, e por enquanto seriam só os ''Pernas Longas'', mas em frente nos tornaríamos conhecidos dos mosquitos ''pólvore'' quando o vapor ficasse parado no rio. Surgiu um tumulto geral. “Nós devemos ficar aqui nesta geringonça a noite inteira e<noinclude></noinclude> csh2x9gnvjklloszxrkm7muar1uxqek Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/37 106 218656 467768 2022-08-20T10:20:27Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{right|Robert Helling {{!}} 37}}</noinclude>nos deixar ser sugados por esses pernilongos?” “Onde está o capitão deste poderoso vapor?” “Nós vamos reclamar ao Cônsul!” Assim ecoaram as reclamações. O timoneiro riu ironicamente e retrucou tranquilo: “O capitão sou eu e sem água eu não posso seguir; nós temos maré baixa, olhem para a água!” Todas as cabeças viraram e olhamos para a água como o timoneiro havia nos aconselhado e vimos um caldo espesso amarelo-sujo arrastando-se em torno do barco, o qual a cada quarto de hora se tornava menor. Logo apitou a lastimável sirene do vaporzinho, o timoneiro torceu furiosamente sua roda e o pequeno barco escorregou sobre o lodo macio para mais perto da margem e ficou balançando tranquilamente para lá e para cá e, por fim, parou levemente inclinado à bombordo. Tudo virou confusão. A tripulação desapareceu por uma porta e nós fitamos a noite dos trópicos, onde centenas de vaga-lumes moviam-se no ar. O alemão que havia lutado em Java desenrolou seu cobertor, deitou-se, enrolou-se com sua capa e enrolou na cabeça uma grande toalha, cuja ponta ele puxou sobre o rosto. Cutuguei meu irmão e apontei para o homem. “Vem, vamos fazer como ele!” eu disse baixo e então nós preparamos nossa cama da mesma forma. Mas por enquanto não podíamos ainda dormir; pois em primeiro lugar fomos apresentados aos mosquitos ''pólvore''; e segundo, a floresta toda estava tomada dos mais variados sons. Havia um ininterrupto som de assovios, estrídulos, coaxos, e então de novo como quando um martelo cai sobre um barril, involuntariamente se pensava quais animais produziriam todos aqueles sons. Nós também havíamos tentado dormir com uma toalha sobre o rosto, mas como não estávamos habituados a isso, logo a retirávamos e, pouco depois, percebia-se que sobre o rosto havia inúmeros bichinhos; e assim começou uma coceira tal que as mãos tentavam afugentá-los e acabavam sendo picadas também. Uma das pessoas levantou-se suspirando para ir para baixo no assim chamado camarote, mas voltou rapidamente, porque, em primeiro, lugar o pequeno quarto estava cheio de mulheres e crianças, e em segundo, estava terrivelmente abafado lá dentro, tanto que preferiu oferecer seu corpo um pouco mais como comida de mosquito. {{nop}}<noinclude></noinclude> 4826h629vx7argayc4sf16e71p1yh3q Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/38 106 218657 467769 2022-08-20T10:23:37Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|38 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>Finalmente se pôde dormir um pouco; pelo menos nós constatamos que havíamos despertado, já que o vapor começou novamente a balançar para lá e para cá. Sim, já era dia. Nós olhamos uns para os outros. “Você tem sarampo, cara!” gritou alguém. “E você tem catapora!”, retrucou prontamente o interlocutor. Nós estávamos muito bonitos! Pareceu que, como estrangeiros, havíamos sido um verdadeiro petisco para os mosquitos. O vaporzinho pôs-se em movimento e logo estávamos em Joinville, onde fomos acomodados no alojamento de imigrantes. Um prédio como esse é muito interessante. Pense em um enorme celeiro, na parede à direita um catre, à esquerda a mesma coisa e está feita a descrição. Então se desenvolveu uma vida agitada sobre esses enormes catres de madeira rudimentares, divididos somente por um corredor no meio, para que as criancinhas também pudessem cair. Nós ficamos aqui alguns dias para esperar nossa bagagem, caminhamos de dia livremente sob as palmeiras e comemos tantas laranjas e bananas quanto podíamos aguentar, e também o que não podíamos; mas prefiro não falar das consequências. A maravilhosa natureza extasia o europeu do norte. Mangueiras, magníficas orquídeas, palmeiras cica, coqueiros, o gigantesco aceno dos bambus, papagaios em pequenos poleiros em frente das portas, urubus nos telhados nas proximidades de um açougue — tudo é estranho, tudo é esquisito. Com olhos brilhantes olha-se em volta, observa-se as pessoas e o olhar se prendia nas crianças que pulavam de pés descalços. Mas qual era a aparência delas? Todas pálido-amareladas, muitas inchadas. Assustados, nos dirigimos a um nativo. “Qual é a causa disso?” — “É o clima” respondeu este serenamente, “e muitas crianças têm também ´''Mal de Terra''´ (verminose); em cima no planalto é melhor”. Nós não queremos ficar aqui e vamos para o planalto, e voltamos um pouco desiludidos para o nosso alojamento de imigrantes. Choveu, não como na Europa, mas sim como se tivesse caído um temporal e uma atmosfera quente e úmida invadiu o prédio, tanto que fui vivamente lembrado da impressão que sempre tive quando metia o nariz<noinclude></noinclude> k83adb6hum5t4pc8ezy70ht5v79th0f Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/17 106 218658 467770 2022-08-20T10:27:47Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|15}} {{rule|40em}}</noinclude>Plotino. Desta última, Agostinho inferiu a relação entre Deus e o ''Verbum'': ::[..] nelas li não com estas mesmas palavras, mas provado com muitos e numerosos argumentos, que no princípio era o ''Verbum'' e o ''Verbum'' estava em Deus e Deus era o ''Verbum''. no princípio este existia em Deus; todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada seria criado; o que foi feito, nele é a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz brilha nas trevas, e as trevas não a compreenderam; a alma do homem, ainda que testemunhe a Luz, não é, porém, a própria Luz, mas o ''Verbum'' próprio de Deus, que é a luz verdadeira que ilumina todo homem que vem a este mundo?<ref>[..] et ibi legi non quidem his uerbis, sed hoc idem omnino multis et multiplicibus suaderi rationibus, quod in principio erat uerbum etuerbum erat apud deum et deus erat uerbum: hoc erat in principio apud deum; Omnia per ipsum facta sunt, et sine ipso factum est nihil; quod factum est, in eo uita est, et uita erat lux hominum; et lux in tenebris lucet, et tenebrae eam non conprehenderunt; et quia hominis anima, quamuis testimonium perhibeat de lumine, non est tamen ipsa lumen, sed uerbum, deus ipse, est lumen uerum, quod inluminat omnem hominem uenientem in hunc mundum.</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''XII — IX.'''13). A Victorino<ref>O filósofo Caius Marius Victorino foi responsável pela tradução para o latim de diversas obras gregas. Converteu-se ao cristianismo, tornando-se um exemplo de pensador e cristão.</ref>, Agostinho nutria profunda admiração e a ele se referiu: ::[...] aquele em alto grau e doutíssimo ancião, exímio em todas as ciências liberais, leitor que tantas obras filosóficas que ajuizou e ensinou tantos senadores egrégios e que pelo seu insigne e notável magistério, merecera ter acolhida sua escultura no foro romano, a<noinclude></noinclude> t7bts1ybl72scxucns060ris9z63p7d Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/18 106 218659 467771 2022-08-20T10:31:32Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|16}} {{right|De Magistro}} {{rule|40em}}</noinclude>honraria que os cidadãos deste mundo têm por mais excelsa<ref>[...] quemadmodum ille doctissimus senex, et omnium liberalium doctrinarum peritissimus, quique philosophorum tam multa legerat et ditudicauerat, doctor tot nobilium senatorum, qui etiam ob insigne praeclari magisterii, quod ciues huius mundi eximium putant, statuam Romano foro mezuerat et acceperat [...]</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VIII — II.'''3). Agostinho registra a influência neoplatônica a que se submeteu quando a retrata de um diálogo que manteve com Simpliciano: ::Ao consultar a Simpliciano, instituidor do Bispo Ambrósio na concessão da graça, que em verdade o amava como a um pai, narrei-lhe o período do meu erro. E quando, lhe disse que lera os livros platônicos vertidos para o latim por Victorino — outrora retor em Roma, e de quem eu ouvira dizer ter morrido cristão — ele deu-me os parabéns por não pender aos escritos de outros filósofos, cheios de falácias e enganos [...] nestes, de todos os modos encontramos Deus e sua palavra<ref>Perrexi ergo ad Simplicianum, patrem in accipienda gratia tunc episcopi Ambrosii, et quem uere ut patrem diligebat. Narraui ei circuitus erroris mei. Ubi autem commemoraui legisse me quosdam libros Platonicorum, quos Victorinus, quondam rhetor urbis Romae, quem Christianum defunctum esse audieram, in Latinam linguam transtulisset, gratulatus est mihi, quod non in aliorum philosophorum scripta incidissem, plena fallaciarum et deceptionum [...] in istis autem omnibus modis insinuari deum et eius uerbum [...]</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VIII — II.'''3). Entrementes à leitura da Sagrada Escritura sob a tutela de Ambrósio, acrescida de livros platônicos e, o contato com a filosofia de Plotino, superou o ceticismo; posição filosófica que afirmava a impossibilidade do conhecimento e do juízo de valor como conclusão, conforme testemunhou: ''Por outro lado li alguns livros de Plotino, a quem estimo com justiça por ser muito diligente, e confrontava quando podia, o valor de tais considerações, com aquelas''<noinclude></noinclude> 7yuizsv2p62f61w2croy7rvhhvskro1 Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/19 106 218660 467772 2022-08-20T10:35:45Z Erick Soares3 19404 /* Revistas e corrigidas */ proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|17}} {{rule|40em}}</noinclude>''autoridades que nos transmitem os divinos mistérios''<ref>Lectis autem Plotini paucissimis libris, cuius te esse studiosissimum accepi, collataque cum eis, quantum potui, etiam illorum auctoritate qui divina mysteria tradiderunt [...]</ref> (''in'' DE BEATA VITA Liber '''I-1.'''4). Agostinho, no entanto, tinha reservas à teoria de Plotino, principalmente a respeito do dogma da encarnação e ressurreição de Cristo, que para ele era, ao mesmo tempo, homem e Deus, o Verbo seria criador de si e seu filho Cristo, nada mais seria que o verbo encarnado, a fala de Deus feita homem: ::Da mesma forma li nesse lugar que o Verbum de Deus não nasceu da came, nem de sangue, nem da vontade do homem, mas de Deus. Porém, que o Verbum tenha se feito homem e habitado entre nós, lá isso não li<ref>Item legi ibi, quia uerbum, deus, non ex carne, non ex sanguine, neque ex uoluntate uiri, neque ex uoluntate carnis, sed ex deo natus est; sed quia uerbum caro factus est et habitauit in nobis, non ibi legi.</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''XII — IX.'''14). As ''Enéadas'' principalmente, levaram Agostinho a entender o princípio da substância una e imaterial, contraditória à concepção material e dual presente no emanatismo maniqueista. Por elas, teve noção da precariedade de seu racionalismo e pôde perceber o erro em que incidia o maniqueísmo ao impor materialidade à existência de Deus. À idéia de substância espiritual presente no homem, até então desconhecida de Agostinho, apresentava um novo juízo à afirmação: ''O homem foi criado por Vós a vossa imagem''<ref>[.] tamen fecisti hominem ad imaginem tuam...</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VI — III.'''4). “Tal constatação levou-o a combater o maniqueísmo em inúmeras obras posteriores: ''De Utilitate credendi ad Honoratum teber uns; Contra Epistolam Manichaei quam vocant Fundamenti liber unus; Contra Adimantum Manichaei discipulum tiber wunus; Contra Faustum Manichaeum libri triginta tres; Contra Felicem Manichacum''<noinclude></noinclude> rnwvuuwg2xb1ywcz7sigd2d9fma1vxf 467773 467772 2022-08-20T10:36:13Z Erick Soares3 19404 proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|17}} {{rule|40em}}</noinclude>''autoridades que nos transmitem os divinos mistérios''<ref>Lectis autem Plotini paucissimis libris, cuius te esse studiosissimum accepi, collataque cum eis, quantum potui, etiam illorum auctoritate qui divina mysteria tradiderunt [...]</ref> (''in'' DE BEATA VITA Liber '''I-1.'''4). Agostinho, no entanto, tinha reservas à teoria de Plotino, principalmente a respeito do dogma da encarnação e ressurreição de Cristo, que para ele era, ao mesmo tempo, homem e Deus, o Verbo seria criador de si e seu filho Cristo, nada mais seria que o verbo encarnado, a fala de Deus feita homem: ::Da mesma forma li nesse lugar que o Verbum de Deus não nasceu da came, nem de sangue, nem da vontade do homem, mas de Deus. Porém, que o Verbum tenha se feito homem e habitado entre nós, lá isso não li<ref>Item legi ibi, quia uerbum, deus, non ex carne, non ex sanguine, neque ex uoluntate uiri, neque ex uoluntate carnis, sed ex deo natus est; sed quia uerbum caro factus est et habitauit in nobis, non ibi legi.</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''XII — IX.'''14). As ''Enéadas'' principalmente, levaram Agostinho a entender o princípio da substância una e imaterial, contraditória à concepção material e dual presente no emanatismo maniqueísta. Por elas, teve noção da precariedade de seu racionalismo e pôde perceber o erro em que incidia o maniqueísmo ao impor materialidade à existência de Deus. À idéia de substância espiritual presente no homem, até então desconhecida de Agostinho, apresentava um novo juízo à afirmação: ''O homem foi criado por Vós a vossa imagem''<ref>[.] tamen fecisti hominem ad imaginem tuam...</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VI — III.'''4). Tal constatação levou-o a combater o maniqueísmo em inúmeras obras posteriores: ''De Utilitate credendi ad Honoratum teber uns; Contra Epistolam Manichaei quam vocant Fundamenti liber unus; Contra Adimantum Manichaei discipulum tiber wunus; Contra Faustum Manichaeum libri triginta tres; Contra Felicem Manichacum''<noinclude></noinclude> 25d3rdh96dma9122m8a842zud2rpk3y 467774 467773 2022-08-20T10:36:37Z Erick Soares3 19404 proofread-page text/x-wiki <noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|17}} {{rule|40em}}</noinclude>''autoridades que nos transmitem os divinos mistérios''<ref>Lectis autem Plotini paucissimis libris, cuius te esse studiosissimum accepi, collataque cum eis, quantum potui, etiam illorum auctoritate qui divina mysteria tradiderunt [...]</ref> (''in'' DE BEATA VITA Liber '''I — 1.'''4). Agostinho, no entanto, tinha reservas à teoria de Plotino, principalmente a respeito do dogma da encarnação e ressurreição de Cristo, que para ele era, ao mesmo tempo, homem e Deus, o Verbo seria criador de si e seu filho Cristo, nada mais seria que o verbo encarnado, a fala de Deus feita homem: ::Da mesma forma li nesse lugar que o Verbum de Deus não nasceu da came, nem de sangue, nem da vontade do homem, mas de Deus. Porém, que o Verbum tenha se feito homem e habitado entre nós, lá isso não li<ref>Item legi ibi, quia uerbum, deus, non ex carne, non ex sanguine, neque ex uoluntate uiri, neque ex uoluntate carnis, sed ex deo natus est; sed quia uerbum caro factus est et habitauit in nobis, non ibi legi.</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''XII — IX.'''14). As ''Enéadas'' principalmente, levaram Agostinho a entender o princípio da substância una e imaterial, contraditória à concepção material e dual presente no emanatismo maniqueísta. Por elas, teve noção da precariedade de seu racionalismo e pôde perceber o erro em que incidia o maniqueísmo ao impor materialidade à existência de Deus. À idéia de substância espiritual presente no homem, até então desconhecida de Agostinho, apresentava um novo juízo à afirmação: ''O homem foi criado por Vós a vossa imagem''<ref>[.] tamen fecisti hominem ad imaginem tuam...</ref> (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VI — III.'''4). Tal constatação levou-o a combater o maniqueísmo em inúmeras obras posteriores: ''De Utilitate credendi ad Honoratum teber uns; Contra Epistolam Manichaei quam vocant Fundamenti liber unus; Contra Adimantum Manichaei discipulum tiber wunus; Contra Faustum Manichaeum libri triginta tres; Contra Felicem Manichacum''<noinclude></noinclude> hwyz2bvy0cudgck2iyhzjpkm5bczvqe