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Hino do município do Recife
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{{hino
|obra=Hino do [[w:Recife|Recife]]
|letra por=Manoel Aarão
|melodia por=Nelson Ferreira
|notas=Instituído pela Lei Municipal nº 108, de 10 de junho de 1924
}}<poem>
Mauricéia, um clarão de vitória,
A visão de tua alma produz.
Toda vez que do cimo da história, Se desenha
o teu nome de luz
(Coro)
Tecida de claridade
Recife sonha ao luar
Lendária e heróica cidade,
Plantada à beira-mar
(2x)
Mauricéia, um fulgor vive agora,
Que da Pátria foi belo fanal.
Dezessete! Que data e que aurora,
Coroando a cidade imortal.
(Coro)
Tecida de claridade
Recife sonha ao luar
Lendária e heróica cidade,
Plantada à beira-mar
(2x)
E depois, com suprema ousadia,
Uma voz se exaltou senhoril,
Vinte e quatro! É daqui que irradia,
Nova luz para o céu do Brasil
(Coro)
Tecida de claridade
Recife sonha ao luar
Lendária e heróica cidade,
Plantada à beira-mar
(2x)
</poem>
[[Categoria:1924]]
[[Categoria:Hinos de Pernambuco|Recife]]
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Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/29
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Erick Soares3
19404
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|27}}
{{rule|40em}}</noinclude>{{left|{{larger|'''De Magistro'''}}}}
{{left|'''TEXT IS ANN VS 389 - LIBER VN VS'''}}
{{left|SANCTI A ''V''RELII A''V''G''V''STINI}}
{{left|EPISCOPI HIPPONENSIS}}
{{left|''Lateinisch/Deutsch<br/>Herausgegeben von<br/>Burkhard Mojsisch<br/>Stuttgart-1998''}}
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{{left|I}}
1.'''Augustini''' - Quid tibi
videmur efficere velle, cum
loquimur?}}
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{{justificado|
{{left|'''I - Concepção agostiniana<br>de linguagem'''}}
1.'''Agostinho''' - O que
compreendes desejarmos
fazer ao falarmos<ref>Agostinho desde o início do '''Capítulo I''' apresenta sua concepção de linguagem, admitindo que esta tenha sido instituída com a finalidade senão de ensinar e para aprender, através dos sentidos e do pensamento. O verbo ''loquor'' aparece '''na''' '''''Vulgata''''' '''139 vezes como uma fala comprobatória divina,''' '''''Locutio dei attestans.''''' Está intimamente ligado à ''loquens'', que significa falar de forma expressiva. Todos são derivados de ''Locutio'', o deus da fala, ''eloquentia'' (eloquência) dom da palavra; ''eloquium'' (discurso); ''eloquor'' (exposição, revelação, explicação); este último de muita afinidade com a intenção de Agostinho na conversa com Adeodato. Veikko Väänänen para a tradução de ''loquor'' afirma: "El latín del que son continuación las lenguas romances se encuentra en franco desacuerdo con la forma literaria y sobre todo clásica. Quien quiera explicar expresiones romances como ''foie'', ''tête'' o ''parler'', no debe acudir a ''iecur'', caput y loqui, transmitidos por la literatura romana" (1968, p. 27). A citação de Väänänen se justifica para explicar uma dificuldade que encontrei na tradução de ''De Magistro'', porque Agostinho utiliza ao longo de todo o seu discurso o verbo latino ''loquere'', pertencente à forma depoente, uma característica do latim que se configura pelo uso da forma verbal na voz passiva, no entanto, com o significado de voz ativa. Esta construção verbal pressupõe uma performance linguística em que a fala se constitui numa ''ação mediada'', consistindo em sublinhar a existência de um circuito locutório, no qual os papéis de sujeito falante e de ouvinte são permutáveis. O simplesmente ''falar'' estaria mais bem representado em latim por ''aio'', ligado ao latim ''vulgo'' ou até mesmo por ''dico''; porém, estes dois verbos não pressupõem um sujeito agente, enquanto ''loquor'' (eu falo) solicita tanto um sujeito agente mediador quanto uma ação mediada. Considerando que em português não temos uma palavra específica para a tradução deste sentido de ''loquere'', traduzi-o por ''falar'', muito embora dentro do contexto, na tradução, sempre tenha sido considerado uma fala mediatizada.</ref>?}}
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40 anos no interior do Brasil/Prefácio
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Erick Soares3
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| título = 40 anos no interior do Brasil
| autor = Robert Helling
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Erick Soares3
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|21}}
{{rule|40em}}</noinclude>vista teológico, quanto no sentido literário, nome que dominou o pensamento ocidental até o Século XIII e que jamais perderá seu brilho. Era figura riquíssima no sentido intelectual e prolífica em produção de livros, a maior parte deles em estilo latino, inspirados em problemas específicos que preocupavam a Igreja da época (1981, p. 62).
Agostinho foi muito mais um cristão a utilizar idéias neoplatônicas, quando convinham ao teocentrismo cristão que propriamente um defensor do neoplatonismo. Isto ficou patente quando, ao tratar da interioridade exposta em ''Soliloquiorum'', seu ''alter-ego'' o questiona: ''Mas deixe de lado e responde a isto: Supondo que seja verdade o que de Deus disseram Platão e Plotino, a ti seria suficiente aquela ciência divina?''<ref>Sed quid ad nos? Nunc illud responde: si ea quae de Deo dixerunt Plato et Plotinus vera sunt, satisne tibi est ita Deum scire, ut illi sciebant?</ref> (''in'' SOLILOQUIOR''V''M Liber '''I — 4''.9).
A pedagogia de Agostinho permuta a ''percepção'' física e pragmática, pela apreensão senciente. À primeira imperfeita e mutável que advém das percepções ordenadas por necessidades imediatistas; a segunda, perfeita, derivada do conhecimento das essências imutáveis, que não se apresenta diretamente, mas, que pela inteligibilidade, pode ser encontrada pelos sentidos, na transcendência ao invisível que se sobrepõe ao visível. Expõe seus argumentos em forma metafórica, como procedeu no entendimento de senciência a partir da metáfora da navegação, explorada principalmente em ''De Beata Vita'', comparando os sentidos a um barco que levasse os homens ao encontro da sapiência:
::Até este ponto os sentidos têm me servido como barcos. Pois quando me transportaram até o ponto que almejava, ali os deixei. Assim assentado em terra firme, comecei a analisá-los com o pensamento, o que abalou<noinclude></noinclude>
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Erick Soares3
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{{rule|40em}}</noinclude>vista teológico, quanto no sentido literário, nome que dominou o pensamento ocidental até o Século XIII e que jamais perderá seu brilho. Era figura riquíssima no sentido intelectual e prolífica em produção de livros, a maior parte deles em estilo latino, inspirados em problemas específicos que preocupavam a Igreja da época (1981, p. 62).
Agostinho foi muito mais um cristão a utilizar idéias neoplatônicas, quando convinham ao teocentrismo cristão que propriamente um defensor do neoplatonismo. Isto ficou patente quando, ao tratar da interioridade exposta em ''Soliloquiorum'', seu ''alter-ego'' o questiona: ''Mas deixe de lado e responde a isto: Supondo que seja verdade o que de Deus disseram Platão e Plotino, a ti seria suficiente aquela ciência divina?''<ref>Sed quid ad nos? Nunc illud responde: si ea quae de Deo dixerunt Plato et Plotinus vera sunt, satisne tibi est ita Deum scire, ut illi sciebant?</ref> (''in'' SOLILOQUIOR''V''M Liber '''I — 4'''.9).
A pedagogia de Agostinho permuta a ''percepção'' física e pragmática, pela apreensão senciente. À primeira imperfeita e mutável que advém das percepções ordenadas por necessidades imediatistas; a segunda, perfeita, derivada do conhecimento das essências imutáveis, que não se apresenta diretamente, mas, que pela inteligibilidade, pode ser encontrada pelos sentidos, na transcendência ao invisível que se sobrepõe ao visível. Expõe seus argumentos em forma metafórica, como procedeu no entendimento de senciência a partir da metáfora da navegação, explorada principalmente em ''De Beata Vita'', comparando os sentidos a um barco que levasse os homens ao encontro da sapiência:
::Até este ponto os sentidos têm me servido como barcos. Pois quando me transportaram até o ponto que almejava, ali os deixei. Assim assentado em terra firme, comecei a analisá-los com o pensamento, o que abalou<noinclude></noinclude>
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Erick Soares3
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|22}} {{right|De Magistro}}
{{rule|40em}}</noinclude>meus fundamentos por muito tempo<ref>Imo sensus in hoc negotio quasi navim sum expertus. Nam cum ipsi me ad locum quo tendebam pervexerint, ubi cos dimisi, et iam velut in solo positus coepi cogitatione ista volvere, diu mihi vestigia titubarunt.</ref> (''in'' SOLILOQUIOR''V''M Liber '''I.4'''.9).
A metáfora da navegação pressupõe não somente a busca do lugar a que se quer chegar, mas também o caminho, que, por sua vez, se constitui de etapas planejadas, ou seja, o caminho é o próprio ''método''.<ref>Método tem sua origem etimológica pela junção dos elementos gregos ''metá'', que siginifica através de, por meio de, e ''bodós'' que significa caminho.</ref> Agostinho entende que não deveríamos dizer isto é ''branco'', mas sim ''compreendo que isto é branco'':
::Ainda que me engane se afirmar algo pelos sentidos, os sentidos enquanto em si não se mostram de pequeno valor a persuassão, não se constituem em engano. Certamente compreendo que de nenhum modo o Acadêmico refutará aquele que diz: Por isso, compreendo que a mim parece branco; por isso entendo que minha compreensão foi seduzida; por isso compreendo que me agrada aquilo que é evidente e não pode ser negado; por isso compreendo que me agrada conhecer [...]<ref>Ego tamen fallor, si assentiar, ait quispiam. Noli plus assentiri, quam ut ita tibi apparere persuadeas; et nulla deceptio est. Non enim video, quomodo refellat Academicus eum qui dicit: Hoc mihi candidum videri scio; hoc auditum meum delectari scio; hoc mihi iucunde olere scio; hoc mihi sapere dulciter scio.</ref> (''in'' CONTRA ACADEMICOS Liber '''III.11.'''26).
A realidade intrincada da vida vivida por Agostinho levou Hannah Arendt (2000), em sua tese de doutoramento, que versou sobre a ''experiência do amor'' na obra de Agostinho, a escrever que não considerar as transformações que aqui menciono na análise de sua obra, seria uma irresponsabilidade.
Assumir a tradução de ''De Magistro'' significou pesquisar um fenômeno de comunicação humana, considerado um marco na filosofia da linguagem. A obra problematiza a questão<noinclude></noinclude>
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|23}}
{{rule|40em}}</noinclude>da linguagem ao refletir sobre os objetivos e a utilidade da fala. Num primeiro momento toma a linguagem a partir da dimensão humana; para num segundo, referir a linguagem interior, que ligada ao pensamento precede à verbalização, e investe numa concepção semiótica, que explora os signos linguísticos que servem à ''fé'' e se instituem pela razão iluminada. Tal especificidade articula esta pesquisa, principalmente, a pressupostos hermenêuticos estudados pelos teóricos da tradução, Steiner e Schleiermacher e com os filósofos que discutem a tradução, Ricoeur, Ladrière e Ortega y Gasset.
Certamente, não se pode mensurar a magnitude do conhecimento do professor Agostinho apenas por esta obra, que versa com o filho sobre postulados de base A interpenetração conceitual em ''De Magistro'' está intimamente ligada à vida integral de Agostinho, que na tradução, para evitar a incompletude do sentido, requisitou a análise intertextual com obras correlatas deste autor; as que a precederam e as que lhe sucederam, disponibilizadas entre um vasto acervo com mais de 400 sermões, 270 tratados teológicos, 9 diálogos filosóficos e 150 livros.
O fenômeno da intertextualidade exigiu um acentuado, mas necessário incremento de citações, interrelacionados com textos do ''corpus'' de tradução, às quais considerei corpus oriundos da fonte de ''De Magistro'', que traduzi no corpo da dissertação, enquanto os textos originais foram alocados em notas de rodapé. Os intertextos derivam das obras: ''Soliloquiorum'' LIBRI '''II''' (386); ''Contra Academicos'' LIBRI '''III''' (386); ''De Beata Vita Liber'' I (386); ''De Dialectica Liber'' '''I''' (387); ''De Quantitate Anima'' Liber '''I''' (388); ''De Vera Religione'' Liber '''I''' (389 — 391); ''De Libero Arbitrio'' LIBRI '''III''' (388 — 395); ''Doctrina Christiana'' LIBRI '''IV''' (396 — 397); ''Confessionum'' LIBRI '''XIII''' (397 — 401); ''De Trinitaie'' LIBRI '''XV''' (399 — 419); ''De Civitate Dei'' LIBRI '''XXII''' (413 — 426); ''Retractationum'' LIBRI '''II''' (428) e, ''De Ordine'' LIBRI '''II''' (386).
Conexões intertextuais com a Sagrada Escritura, igualmente se fizeram necessárias, a que ponderei o mesmo<noinclude></noinclude>
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|24}} {{right|De Magistro}}
{{rule|40em}}</noinclude>critério. Não obstante a fraterna querela entre Augustini e Hieronimus, como indica Francisco Moreno (1992), no que envolvia as traduções do texto hebraico e grego, dado Augustini dominar predominantemente a língua latina, considerei que seus estudos bíblicos fundamentaram-se na Vulgata, conforme admitiu: “Por isso, que a nossa fraqueza não nos permitia encontrar a Verdade com a ajuda da razão pura e, deste modo, nós tínhamos a necessidade da autoridade da Sagrada Escritura”<ref>[..] ideoque cum essemus infirmi ad inveniendam liquida ratione veritatem et ob hoc novis opus esset auctoritate sanctarum Litterarum.</ref> '''(m.t.)''' (''in'' CONFESSION''V''M Liber '''VI.'''8).
Hieronymus, preocupado com a excessiva liberdade de interpretação existente à epoca, afirmou:
::[...] é tarefa árdua traduzir de maneira tal que se reproduza plenamente o pensamento e se salve, simultaneamente, a nobreza da expressão, porque cada língua apresenta peculiaridades lexicais e estruturais próprias: a tradução demasiadamente literal dá a impressão de mesquinhez, a interpretativa peca por excessiva liberdade relativamente ao texto original. (''in'' FURLAN, 1984, p. 164)
O texto da Vulgata, quando necessário, ocupa as notas de rodapé, enquanto o corpo da dissertação recebe o texto em português com tradução dos originais, mediante a versão dos Monges Beneditinos de Maredsous — Bélgica, efetuada pelo Centro Bíblico Católico de São Paulo. No prólogo desta edição encontramos:
::A autoridade da Vulgata em matéria de doutrina não impede, antes, nos nossos dias quase exige que a mesma doutrina se prove e confirme também com os textos originais, e que se recorra aos mesmos textos para encontrar e explicar cada vez melhor o verdadeiro sentido da Sagrada Escritura (PAPA PIO XII ''in Encíclica Divino Afflante Spiritu'', 1943).
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|25}}
{{rule|40em}}</noinclude>Há de se considerar que linguagem e pensamento em Agostinho estão tão íntima e reciprocamente ligados, que ao se referir a uma, estamos, necessariamente nos referindo ao outro. Isto posto, igualmente, a busca hermenêutica do sentido de minha tradução de ''De Magistro'' considerou as recomendações de Arendt, entendendo o implícito no indizível de Agostinho.Assim, a tradução que empreendi, destarte, apresenta uma proposta distintiva a partir de uma análise crítica, filológica e hermenêutica, ao considerar especificidades culturais, históricas e ideológicas.
''De Magistro Princeps Edetio'' foi redigida em forma cursiva e não tem originariamente capítulos e subcapítulos, conquanto, mantive na tradução a numeração dos textos do ''corpus''; os titulei a fim de lhes situar comentários que julquei pertinentes. Constam desta obra quatorze capítulos, divididos em três partes.
A primeira parte com os capítulos I-VII, contém um estudo da linguagem e dos signos que a compõe. No capítulo 1, Agostinho trata do propósito da fala com o objetivo de ensinar ou aprender; no capítulo II, relaciona as palavras a signos; no capítulo III, apresenta sua ''primeira proposição'', e afirma que nada pode ser mostrado sem um signo, mas que podemos mostrá-lo se estamos executando o ato sobre o qual nos interpelam; e, nos capítulos IV a VII, estabelece a reciprocidade dos signos.
Na segunda parte, capítulos VIII-X, Agostinho procede a análise dos significados: Em VIII, analisa a necessidade de refletir sobre a coisa significada; em XIX, afirma que o conhecimento das coisas é mais importante que seus signos; e, no X, apresenta sua ''segunda proposição'', e afirma não existe nenhuma comunicação verbalizada de ideéias e juízos sem signos, exceto certos fenômenos naturais e ações em espetáculos teatrais, que se dão sem o uso das palavras.
Na terceira e última parte, nos capítulos XI-XIV, Agostinho expõe suas reflexões pedagógicas. Em XII, afirma que as palavras não introduzem verdades novas em nossas mentes e que, mesmo com palavras, não ensinamos; em XIII,<noinclude></noinclude>
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|26}} {{right|De Magistro}}
{{rule|40em</noinclude>adverte-nos a buscar a Verdade em nosso interior e, em XIV, conclui que aos homens não se deve nominar professores porque Cristo é o único Mestre.<noinclude></noinclude>
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Erick Soares3
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De Magistro/Comentos do tradutor
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[[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{navegar | título = De Magistro | autor = Agostinho de Hipona | contributor = Antonio A. Minghetti | seção = Comentos do tradutor | anterior = [[De Magistro/Apresentação|Apresentação]] | posterior = [[De Magistro/Capítulo 1|I]] | notas = | tradutor = | edição_override = {{edição/originais}} }} <pages index="De Magistro (Editora Fi).pdf" from=11 to=28 /> {{CC-BY-SA-4.0}}
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|42 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>sai da região da colônia, onde naturalmente só é falado português e vocês podem aprender a língua com facilidade”. Nós fomos, portanto, ao carpinteiro. Era um homem de Holstein; ele falou com muito desprezo dos alemães da Boêmia, esses comedores de batata-doce, tanto que com relação a isso ficamos tranquilos; então veio a pergunta de quantos anos nós havíamos trabalhado como carpinteiros etc. Nós rimos e dissemos sem hesitar que não éramos carpinteiros, mas havíamos servido por um ano com o batalhão de engenharia e por isso não éramos de todo sem prática. Ele havia estado na mesma arma e agora descontraiu em um agradável bate-papo do sempre belo tempo em que servimos no exército, a esposa trouxe café com pão e manteiga, e nessa altura foi discutida a pergunta principal: quanto ele pagaria. Uma visível frieza soprou através da sala quando falamos do salário. “Hum”, opinou ele, “eu havia propriamente pensado que vocês, como aprendizes, ainda iriam pagar alguma coisa”. Nós protestamos energicamente contra esse desaforo, pois já tínhamos nos informado que, no livre Brasil, seria considerado indigno; e por fim, uma coisa leva à outra e chegamos a um acordo de um salário mensal de treze mil réis por homem mais alojamento. Para nós era indiferente se ganhássemos mil réis a mais ou a menos, pois cada um de nós trouxe sobre o peito nu um saquinho de couro com mil marcos em ouro para eventuais compras de terras. Mas queríamos passar por tudo e nos mudamos de nosso hotel de luxo novamente e fomos ao carpinteiro.
Era no belo mês de maio, mas este mês de encantos é, no planalto do sul do Brasil, um frio dos diabos. Na manhã seguinte fomos despertados ainda na escuridão, levantamos, tomamos café e marchamos meia hora, de modo que estávamos no canteiro de obras ao nascer do sol. Uma geada miúda e cintilante cobria a grama, árvores e as vigas já preparadas. Deviam ser abertos buracos que o carpinteiro já havia traçado para nós nas vigas. Então sentamos sobre as tábuas e batemos como loucos com os formões para nos aquecer.
Depois de meia hora, eu quis levantar para começar outro buraco, mas não pude, pois a minha calça estava presa na viga; eu estava<noinclude></noinclude>
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{right|Robert Helling {{!}} 43}}</noinclude>congelado. Soa estúpido, mas era verdade, no calor do Brasil eu estava congelado. Com o calor do meu corpo eu havia derretido a geada, e a umidade foi congelada novamente, ainda que somente na borda, onde minhas nádegas terminavam. Com algum trabalho eu me soltei, e assim continuei o serviço. Os dias passavam um após o outro naquele trabalho ininterrupto, ficávamos sempre somente dentro da área da colônia, mas queríamos aprender a língua da terra. Mas sempre que falávamos sobre isso com nosso mestre, ele sempre tinha desculpas e quando em um belo dia novamente havia assumido uma construção na colônia eu disse a ele que queríamos ir embora e que gostaria que ele pagasse nosso salário. Então ele fez uma cara feia; observou que nós não tínhamos trabalhado tanto como ele havia pensado, e por isso poderia nos pagar somente oito mil réis por cabeça ao invés dos treze combinados. Enfureci-me com tamanho descaramento e quis me revoltar, mas meu irmão levou a coisa para o lado da brincadeira, começou a rir e disse: “Passa esse ouro pra cá!” O carpinteiro estava completamente perplexo com o nosso comportamento. Como eu agora também acompanhei a gargalhada, ele foi para o seu quarto, remexeu por lá um bom bocado e finalmente voltou para nos comunicar, dando de ombros, que ele não tinha dinheiro; mas nós podíamos pegar tábuas dele e vender. Mas agora aquilo foi o cúmulo do atrevimento, e eu berrei a valer com ele, mas meu irmão riu de novo e disse que tinha outro plano. É que nós estávamos mais ou menos decididos a cavalgar para a Província do Rio Grande do Sul, assim, todas as nossas caixas precisavam ser refeitas, e de modo a adquirirem o tamanho ideal para poderem ser penduradas nas albardas das mulas; e agora o mestre devia pagar o nosso salário com o próprio trabalho. Este olhou fundo em nossos olhos e a princípio não disse nada; em todo caso ele pesou os prós e os contras desse nefasto plano que pelo menos salvaria sua honra; mas finalmente venceu a “Crítica da Razão Pura”, da necessidade urgente da completa carência de dinheiro vivo, e ele concordou.
Então nós ainda ficamos um pouco mais com ele. Mas da viagem ao Rio Grande do Sul nada aconteceu, compramos um pedaço de terra de um<noinclude></noinclude>
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|44 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>quilômetro quadrado fora da área da colônia por um preço horrendo naquele tempo de 1000 marcos, e sobre a qual tentamos transplantar os nossos métodos agrícolas europeus, até compreendermos, que em um país ainda não inteiramente civilizado, o melhor seria fazer como os nativos.<noinclude></noinclude>
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40 anos no interior do Brasil/Rumo ao Brasil
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2022-08-21T18:27:45Z
Erick Soares3
19404
[[Ajuda:SEA|←]] nova página: {{navegar | título = 40 anos no interior do Brasil | autor = Robert Helling | contributor = | seção = Rumo ao Brasil | anterior = [[40 anos no interior do Brasil/Prefácio|Prefácio]] | posterior = [[40 anos no interior do Brasil/Os botocudos|2]] | notas = | tradutor = | edição_override = {{edição/originais}} }} <pages index="40 anos no interior do Brasil.pdf" from=32 to=44 /> {{CC-...
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| título = 40 anos no interior do Brasil
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2022-08-21T18:29:53Z
Erick Soares3
19404
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" /></noinclude>{{c|'''15'''}}
{{c|'''Os cumprimentos no Brasil'''}}
Todos sabem como cumprimentamos aqui na Alemanha Tiramos o chapéu respeitosamente, conforme a dignidade da pessoa a que nos dirigimos. Sim, podemos considerar diretamente o braço que cumprimenta como o indicador, um manômetro que sobe ou desce de acordo com o apreço que se tem.
Se nos encontramos com a dona de nosso coração, então o braço abaixa e cumprimenta vigorosamente e precisamos segurar firme o chapéu, de modo que ele não escorregue da mão em um impetuoso abano; se vemos uma velha tia e temos direito a alguma herança quando ela for desta para o melhor, então o ponteiro do manômetro do cumprimento cai lá no fundo, mas falta o audível e alegre abano, que proporciona a solenidade do referido ato de saudação. Se nos deparamos com o diretor de uma escola secundária, então estendemos o braço não tão profundamente, mas mais à frente, permanece-se assim como congelado em reverência por um segundo e então voltamos a cabeça. Em um encontro com o papai, balança-se o braço lentamente para os lados, para curvar de volta com um ligeiro contragolpe para a posição inicial. Diante de um amigo, ele fica de lado com um ligeiro toque para trás, como se ele quisesse dar um abraço. Se vemos nossa senhoria, e não lhe devemos o aluguel, então damos um leve toque no chapéu, como se quiséssemos abrir e fechar a tampa de um caneco de cerveja. Mas se encontramos o agiota e não temos nenhuma promissória com ele, então apenas seguramos a aba do chapéu ou pegamos um ventinho na cabeça. Mas sempre, e isto é típico europeu, levantamos o chapéu da cabeça.
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Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/128
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Erick Soares3
19404
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|128 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>Muito diferente acontece com os cumprimentos no Brasil. Pode-se pensar que, para o calor que faz, o chapéu é uma irritante peça do vestuário deixada de lado. Longe disso! Contrário ao que se espera, o chapéu sempre é levado sobre a cabeça, semelhante a nossos conterrâneos. Se alguém viesse caminhando com o chapéu na mão, seria tido no mínimo como um pouco maluco. Se um homem tira seu chapéu da cabeça com o conhecido ímpeto europeu, é infalível: “Este deve ter imigrado a menos de uma semana!”
Cumprimenta-se no Brasil, ao mesmo tempo em que apenas se toca com o indicador o chapéu, o que resulta em um movimento semelhante à saudação militar, ou segurando um pouco a aba do chapéu com o polegar e o indicador, dependendo do grau de respeito. As mulheres devem ser cumprimentadas levantando o chapéu verticalmente e não muito alto. Mas, pode-se indagar, como conciliamos este tipo de cumprimento com a tão propalada gentileza dos brasileiros? Calma! Há ainda muitas outras formas, que completam a saudação com o chapéu. O forte aperto de mão tem muita importância. Assim que se encontra um conhecido e este estiver em um momento de tranquilidade — e os brasileiros têm muitos momentos assim! —, então, segura-se a aba do chapéu com a mão esquerda, inclina-se a cabeça um pouco para a direita e se sorri com simpatia e se estende as mãos para um forte, quase gigantesco aperto de mãos. Sabe-se que os norte-americanos dão grande importância nesse ponto; contudo, meu chefe estadunidense afirma que nisso os brasileiros são mais exagerados.
Se duas pessoas não se veem há realmente muito tempo ou despedem-se antes de uma ausência prolongada, só apertar as mãos longamente não é suficiente. Então também se abraçam. E isto não basta! Com a mão, que fica sobre as costas do outro, bate-se nas costas como se o infeliz estivesse meio engasgado com um osso e se deve ajudá-lo a retirá-lo. Mulheres se abraçam e se beijam em ambas as bochechas, o que, diante da graça natural das brasileiras, é muito agradável de se ver. Se na estação de trem ou navio é dado o sinal de embarque, vê-se cenas muito engraçadas. De repente, vemos as pessoas se abraçando e batendo tapinhas nas costas.<noinclude></noinclude>
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Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/129
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Erick Soares3
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{right|Robert Helling {{!}} 129}}</noinclude>Como o brasileiro faz muita questão que todos os conhecidos e subalternos estejam presentes em um bota-fora, o viajante migra de um braço a outro e conscienciosamente dá os tradicionais abraços.
Quando eu era diretor da Ferrovia Teresa Christina, presenciei um episódio bem sucedido de saudação. A estradinha de ferro se distanciava apenas cento e vinte quilômetros da costa em direção ao interior e tinha dez estações e dezenove paradas! Se a pitoresca locomotiva chegava a entrar em movimento, precisava então interromper seu caminho triunfal em uma singela estação. Contudo, essas paradas não eram equipadas com plataforma ou telhado, mas surgiam apenas como uma simples e quase invisível placa, que trazia o nome da parada. Chegamos na estação de Água Clara... “Tu, tuuu! Fez a convencida máquina e parou. Um fazendeiro com barba branca e ondulada parou com uma boa porção de seus conhecidos ao lado do referido poste. E então começou o cerimonial de despedida! Ele estendeu sua mão ao próximo e.... se abraçaram!... Ambos se deram tapinhas nas costas. Então, passou ao segundo com mais intensidade. A mesma manobra! E ameaçou ir em frente. Fiquei bastante assustado quando vi a longa fila de pessoas a se despedir. Finalmente pulei de meu vagão de serviço, levantei o chapéu e perguntei: “Pois todos esses senhores vieram para dizer adeus da mesma forma?”
“Mas naturalmente!!!”
“Se isso é tão natural para vocês, para mim não é!” Disse e me diri ao maquinista ordenando: “Parta agora!”
Então o velho olhou para mim muito irritado, todos seguiram seu exemplo e, finalmente, ele deu lugar ao desagrado com as palavras: “Oh, que ''allemão'' desgraçado, que sequer permite que eu me despeça de meus amigos!”
Após essa raiva impotente, ele subiu no trem rapidamente, o que foi possível com uma boa ajuda dos conhecidos, o cavalinho de ferro movimentou-se em câmera lenta e ele embarcou com segurança. Mas ele nunca me perdoou pela grande violação das boas maneiras nas despedidas dos amigos.<noinclude></noinclude>
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40 anos no interior do Brasil/Os cumprimentos no Brasil
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2022-08-21T18:35:26Z
Erick Soares3
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Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/30
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Erick Soares3
19404
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{{justificado|
2.'''Adeodatus''' - Quantum
quidem mihi nunc occurrit,
aut docere aut discere.
3.'''Augustini''' - Unum horum
video et assentior: nam
loquendo nos docere velle
mamifestum est; discere autem
quomodo?
4.'''Adeodatus''' - Quo tandem
censes, nisi cum
interrogamus?}}
{{multicol-break}}
{{justificado|
2.'''Adeodato''' — Pelo quanto
agora me ocorre, ensinar ou
aprender.
3.'''Agostinho''' - Compreendo e
assinto com um destes, pois
falando estaria manifesto
desejarmos ensinar, por outro
lado, como aprender?
4.'''Adeodato''' — Como opinas
então, senão ao
interpelarmos<ref>O próprio Agostinho esclarece a interpretação de ''interrogamus''. “No que precede e se segue a uma proposição é de se crer no afastamento entre a pergunta (''perontatio'') e a interrogação (''interrogatio''). Entre perguntar e interrogar, disseram os antigos que existe uma diferença: à pergunta permitem-se muitas respostas, porém à interrogação apenas se responde sim
ou não” (''in'' DE DOCTRINA CHRISTIANA LIBRI '''IV — 13.'''6). É de deixar claro que em ''De Magistro'' não ocorre o ''interrogatio'' nos moldes que Agostinho acima esclarece. Em De Ratione Dicendi ad C. Herennium, encontramos: “''Nem todos estão de acordo que interrogatio seja uma acusação...” (''in'' RHETORICA AD HERENNIUM Liber IV.22). Segundo esta obra, ''Interrogatio'', no sentido grego da ''anacoenosis'', era um recurso utilizado em retórica, quando colocado sob a forma de questionamento que se fazia introdutoriamente no início de um discurso, em que, normalmente, não pretendia obter qualquer resposta, tinha somente um efeito de interpelação, obrigando o interpelado a pensar numa resposta apropriada. Em latim nem sempre designa um interrogatório, e, no contexto de ''De Magistro'' apresenta-se como uma interpelação.</ref>?
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Erick Soares3
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3.'''Agostinho''' - Compreendo e
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lado, como aprender?
4.'''Adeodato''' — Como opinas
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interpelarmos<ref>O próprio Agostinho esclarece a interpretação de ''interrogamus''. “No que precede e se segue a uma proposição é de se crer no afastamento entre a pergunta (''perontatio'') e a interrogação (''interrogatio''). Entre perguntar e interrogar, disseram os antigos que existe uma diferença: à pergunta permitem-se muitas respostas, porém à interrogação apenas se responde sim
ou não” (''in'' DE DOCTRINA CHRISTIANA LIBRI '''IV — 13.'''6). É de deixar claro que em ''De Magistro'' não ocorre o ''interrogatio'' nos moldes que Agostinho acima esclarece. Em De Ratione Dicendi ad C. Herennium, encontramos: “''Nem todos estão de acordo que interrogatio seja uma acusação...” (''in'' RHETORICA AD HERENNIUM Liber IV.22). Segundo esta obra, ''Interrogatio'', no sentido grego da ''anacoenosis'', era um recurso utilizado em retórica, quando colocado sob a forma de questionamento que se fazia introdutoriamente no início de um discurso, em que, normalmente, não pretendia obter qualquer resposta, tinha somente um efeito de interpelação, obrigando o interpelado a pensar numa resposta apropriada. Em latim nem sempre designa um interrogatório, e, no contexto de ''De Magistro'' apresenta-se como uma interpelação.</ref>?}}
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Erick Soares3
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<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" /></noinclude>{{c|'''8'''}}
{{c|'''O Banho de Assento'''}}
O inverno no Brasil, especialmente nas frias regiões do sul, é uma coisa singular. Às vezes o termômetro marca alguns graus abaixo de zero pela noite; então o campo amanhece coberto pela geada. Mas tão logo os primeiros raios decidem passar sobre as superfícies prateadas e a geada é visivelmente lambida como o sal pelas vacas, então somente na sombra ficam por algum tempo algumas faixas esparsas de geada. Mas assim que o astro-rei vai mais alto, a temperatura sobe rapidamente e chega até vinte graus na sombra. Assim é o inverno brasileiro! O que o brasileiro faz em tais dias excepcionalmente frios? Para tais situações ele tem um meio muito simples: quando a situação o permite, fica na cama até esquentar um pouco. Não há estufa nos quartos, ele pode no máximo se sentar em frente do fogão à lenha na cozinha. Ou procura aquele lugarzinho que já foi iluminado pelo sol, onde ele imediatamente encontra almas na mesma situação. Então se discute política e são contadas anedotas que muitas vezes são de conteúdo duvidoso e não servem para ouvidos sensíveis.
Tal idílio de inverno brasileiro não me era concedido, pois era empregado da ferrovia, como se pode depreender da seguinte história:
Nós éramos nove homens, todos a cavalo; voltávamos de uma exploração da nova ferrovia em construção e queríamos cavalgar para casa. Você sabe o que isso significa depois de se ter perambulado por meses no mato? Não, você não pode nem de longe imaginar, porque você não sabe como é a floresta virgem brasileira!
Quando eu ainda era um rapaz inexperiente e tinha muitas expectativas, em minha inocência sonhava com a floresta virgem. E quando<noinclude></noinclude>
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Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/96
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Erick Soares3
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" /></noinclude>{{c|'''9'''}}
{{c|'''Quadros de uma revolução'''}}
“Levem esse cachorro pras estacas!”.
Mãos ágeis agarraram o infeliz espião federalista<ref>O episódio narrado neste capítulo refere-se à Revolução Federalista, revolta ocorrida entre 1893 e 1895 no sul do país, Embota tendo origem no Rio Grande do Sul, estendeu-se para Santa Catarina e Paraná e ficou conhecida pela violência extrema, ao utilizar práticas como a degola dos inimigos. Até onde sabermos Helling não vivenciou diretamente esse acontecimento histórico. (NdH)</ref>. que havia se infiltrado sorrateiramente no terreno inimigo. Quatro estacas foram postas no chão, ao sol escaldante, o prisioneiro foi amarrado com tiras de couro cru nos pulsos e tornozelos e ficou com os braços e as pernas estendidos, tanto que seu corpo ficou suspenso alguns centímetros do chão, fazendo com que sua cabeça logo caísse pra trás, enquanto as correias cortavam a pele, sem piedade.
“Quanto tempo esse cara deve ficar pendurado?”
“Deixe-o aí até amanhã cedo, então espero que já esteja morto!”.
As estacas foram a pior tortura empregada nas fronteiras castelhanas durante as guerras revolucionárias e foram adotadas pelos brasileiros.
Anoiteceu. A sentinela andava para lá e para cá e o prisioneiro gemia. Por fim o posto se tornou monótono. Ele verificou novamente as amarras, e como tudo estava em ordem foi para sua tenda. Por que deveria ficar vigiando, se aquele homem não poderia fugir. O vento noturno passava pelo infeliz, as estrelas estavam brilhando como se não soubessem nada a respeito da fera mais cruel, o homem. O prisioneiro perdeu a consciência. E quando acordou depois de algum tempo, se deu conta da horrível situação em que se encontrava. Então agitou violentamente seu corpo jovem e — graças a Deus! — conseguiu puxar seu braço mais para perto, a estaca<noinclude></noinclude>
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Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/97
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Erick Soares3
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{right|Robert Helling {{!}} 97}}</noinclude>inclinou-se, pois não estava suficientemente enterrada. Mais um solavanco e ele caiu! Com um ímpeto selvagem o corpo do infeliz se virou de forma que ficou pendurado com as duas mãos na outra estaca, puxando-a com toda a força, esta também cedeu. Então ele se inclinou até as estacas dos pés, soltou-as também, ficando, desta forma, livre. Seu batimento acelerado voltava ao normal pouco a pouco. E se arrastando consigo as estacas, ele deslizou como uma cobra até se aproximar do leito do riacho. Nisso feriu sua mão em algo cortante, e apalpando, sentiu que era uma garrafa quebrada, então com a ajuda dela cortou as cordas e pode se livrar das estacas. Contudo o perigo ainda não havia terminado, pois o campo parecia sem fim, sem que a sombra de floresta houvesse oferecido cobertura. O prisioneiro ordenou seus pensamentos sobre que direção a tomar, e primeiro arrastando-se, depois em pé, afastou-se mais e mais do local de seu sofrimento. Mas quando amanheceu ele ainda não estava longe o suficiente. Sua respiração estava ofegante. O campo se estendia infinitamente, nada mais além de coxilhas, uniformemente cobertas com o capim seco do outono. Em parte alguma um lugar para se esconder, somente no horizonte a faixa esverdeada de uma floresta. Era lá que o infeliz desejava chegar. Quando ele chegava no topo de uma coxilha se arrastava de quatro e espiava para trás; e para descer andava agachado como um cão e ia devagar coxilha acima, apoiando as mãos inchadas nos joelhos para ajudar os pés cansados. Novamente subiu uma coxilha e o olhar se prendeu interrogativo para trás, mas imediatamente se fechou amedrontado e o corpo se estendeu no chão entre o capim alto; pois lá no horizonte o olhar fixo viu dois pontos se movendo, que ele acreditou serem cavaleiros. Procurou com a mão um pedaço de vidro da garrafa quebrada que ele tinha enfiado no bolso. Com a ajuda dele poderia cortar os pulsos e então deixar seu sangue correr tranquilamente, isso seria bem melhor do que cair nas mãos dos seus inimigos novamente. Mas eles o descobrirão? Um pequeno fio de esperança o invadiu. Está de quatro em cima da coxilha, então desce saltando e rolando e de novo lentamente coxilha acima e então mais uma olhada para trás. Um som estridente. Os cavaleiros estavam mais perto.<noinclude></noinclude>
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Página:40 anos no interior do Brasil.pdf/98
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Erick Soares3
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|98 {{!}} 40 anos no interior do Brasil: aventuras de um engenheiro ferroviário}}</noinclude>Ele continuava subindo e descendo as coxilhas! E o sol castigando. O infeliz ainda fez isso mais três vezes — até que eles o avistaram. Uma alegria selvagem e a caçada começa. À rédea solta o laço é atirado, mecanicamente se arruma a corda na mão esquerda, enquanto a direita só segura a laçada, ou armada, e duas pequenas argolas no pulso. A armada é tão grande que ela arrastaria no chão se estivesse parada, mas o ritmo do galope do cavalo e o rápido girar do pulso com o braço para cima formam um movimento circular sobre a cabeça do cavaleiro. Os cavalos bafejando cada vez mais perto da vítima. Estes animais de luta estão acostumados a caçar, quando os cavaleiros precisavam perseguir o gado fugitivo, e davam o seu melhor quando o laço girava sobre suas cabeças. O desgraçado corria segurando ainda o pedaço de vidro com o qual pretendia cortar o pulso. Ele virou quase toda a cabeça para trás e seus saltos se tornaram hesitantes. De repente um leve zumbido, uma sombra, um terrível toque e o laço o capturou, derrubando-o, e prendendo-o sobre o ombro e o corpo. Mecanicamente tentou erguer o impiedoso laço e cortar a corda com o pedaço de vidro, mas em vão. O corpo voou pelo ar, pois o cavaleiro virou o cavalo e começou a arrastar a todo galope pelo campo aquela infeliz massa, que já fora um homem. Então ele para. O segundo caçador de gente se aproxima, salta do cavalo e tranquilamente desembainha o enorme facão, e golpeia a jugular da vitima, então solta o laço, vê os cortes causados pelo vidro e diz para o companheiro: “Esse condenado cortou o teu melhor laço!”, virou se e ainda deu mais um chute no corpo enquanto o sangue escorria e formava uma poça marrom no chão. O laço foi enrolado, preso em uma tira na parte de trás da sela, fizeram um cigarro de palha e troteando voltaram para o acampamento.
O corpo ficou só na grama marrom, o sol queimava e já aparecia a uma altura vertiginosa o primeiro urubu, voando em círculos.<noinclude></noinclude>
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40 anos no interior do Brasil/Quadros de uma revolução
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Erick Soares3
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text/x-wiki
{{navegar
| título = 40 anos no interior do Brasil
| autor = Robert Helling
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Erick Soares3
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|Santo Agostinho}} {{right|29}}
{{rule|40em}}</noinclude>{{multicol|75%|align=center}}
{{justificado|
5.'''Augustini''' - Etiam tunc
nihil aliud quam docere nos
velle intellego; nam quaero
abs te, utrum ob aliam
causam interroges, nisi ut
eum, quem interrogas, doceas
quid velis?
6.'''Adeodatus''' - Verum dicis.
7.'''Augustini''' - Vides ergo iam
nihil nos locutione nisi, ut
doceamus, appetere.
8.'''Adeodatus''' - Non plane
video; nam si nihil est aliud
loqui quam verba promere,
video nos id facere, cum
cantamus. Quod cum saepe
soli facimus nullo praesente,
qui discat, non puto nos
docere aliquid velle.}}
{{multicol-break}}
{{justificado|
5.'''Agostinho''' — Ainda, nesse
caso compreendo nada
diverso desejar que não
ensinar. Te arguo se
porventura terias outra causa
para interpelar a alguém, que
não ser ensinado sobre o que
desejas?
6.'''Adeodato''' - Dizes a
verdade!
7.'''Agostinho''' - Vêdes agora
certamente, que com a
locução nada mais desejar que
não ensinar.
8.'''Adeodato''' - Não tão claro
assim compreendo; se falar
nada mais fosse que palavras
proferir, ao cantarmos isto se
faz. Dado que
frequentemente a sós o
fazemos e sem audiência,
considero com isso não
desejar ensinar.}}
{{nop}}<noinclude></noinclude>
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Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/32
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218718
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Erick Soares3
19404
/* Revistas e corrigidas */
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text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|30}} {{right|De Magistro}}
{{rule|40em}}</noinclude>{{nop}}
{{multicol|75%|align=center}}
{{justificado|
9.'''Augustini''' - At ego puto
esse quoddam genus docendi
ber commemorationem,
magnum sane, quod in hac
nostra sermocinatione res ipsa
indicabit. Sed si tu non
arbitraris nos discere, cum
recordamur, nec docere illum,
qui commemorat, non resisto
tibi, et duas iam loquendi
causas constituo, aut ut
doceamus aut ut}}
{{multicol-break}}
{{justificado|
9.Agostinho — Contudo<ref>Em minha tradução, para a conjunção ''sed'', entendida adversativa por excelência, considerei sempre a literalidade, traduzindo-a por ''mas'', entretanto, para a conjução ''at'', dado sua função coesiva em gerar expressividade ao texto, quando muitas vezes tem uma função adverbial ao contribuir com o sentido do contexto, entre minhas opções, busquei sempre na tradução a coerência coma raíz latina da conjunção. Por exemplo: contudo (''cum'' + ''totus'') entretanto (''inter'' + ''tantum''); entrementes (''inter'' + ''medium''); porém (''por'' + ''em'' - ''forma apocopada do advérbio latino endo''); todavia (''totus'' + ''via'').</ref> de
grande valor julgo ser essa
condição de ensino por
rememoração<ref>Agostinho ao escrever sobre a memória e os sentidos afirma: “Sim, é verdade! A não ser porque já existiriam em minha memória? Porém, elas estavam tão abrigadas e ocultas em cavernas secretíssimas que talvez não pudesse pensar nelas, '''se de lá não fossem arrancadas''' por quem me alertasse" (''in'' CONFESSIONUM LIBRI '''XIII - X.10.'''17). A tradução de ''commemorare'' considerei o contexto onde estava inserida. Em alguns casos, segui a literalidade como em I-9, enquanto em outros, como I-19, considerei a citação acima e, traduzi por ''evocar'', ''chamar de algum lugar''.</ref>, que aqui por
si a nossa conversa per si
indicará<ref>É de notar que não surge ao longo do texto latino de ''De Magistro'' a palavra ''repraesento'' ou qualquer uma de suas derivações latinas, enquanto por inúmeras vezes, ao tratar dos signos, Agostinho faz uso do verbo ''indicare''. A opção por ''indicar'' é uma peculiaridade pertinente à semiótica agostiniana, em que o signo atua como indicativo no sentido de potencializar uma possibilidade de ser e não uma mera representação manifesta. Por isso escreveu: ''Uma palavra é apenas um signo do que quer que seja uma coisa, a fim de que o ouvinte possa entender aquilo que narra um locutor [..] um signo é aquilo que indica algo além de si mesmo à mente'' (''in'' DE DIALECTICA Liber '''I - V''').</ref>. Mas, se tu não
julgas aprender ao rememorar
e tampouco rememora aquele
que ensina, não te contesto.
Agora, instituo duas causas
para a locução, ou ensinar ou
rememorar quer em outros}}
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467882
2022-08-22T10:44:07Z
Erick Soares3
19404
proofread-page
text/x-wiki
<noinclude><pagequality level="3" user="Erick Soares3" />{{left|30}} {{right|De Magistro}}
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{{justificado|
9.'''Augustini''' - At ego puto
esse quoddam genus docendi
ber commemorationem,
magnum sane, quod in hac
nostra sermocinatione res ipsa
indicabit. Sed si tu non
arbitraris nos discere, cum
recordamur, nec docere illum,
qui commemorat, non resisto
tibi, et duas iam loquendi
causas constituo, aut ut
doceamus aut ut}}
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9.'''Agostinho''' — Contudo<ref>Em minha tradução, para a conjunção ''sed'', entendida adversativa por excelência, considerei sempre a literalidade, traduzindo-a por ''mas'', entretanto, para a conjução ''at'', dado sua função coesiva em gerar expressividade ao texto, quando muitas vezes tem uma função adverbial ao contribuir com o sentido do contexto, entre minhas opções, busquei sempre na tradução a coerência coma raíz latina da conjunção. Por exemplo: contudo (''cum'' + ''totus'') entretanto (''inter'' + ''tantum''); entrementes (''inter'' + ''medium''); porém (''por'' + ''em'' - ''forma apocopada do advérbio latino endo''); todavia (''totus'' + ''via'').</ref> de
grande valor julgo ser essa
condição de ensino por
rememoração<ref>Agostinho ao escrever sobre a memória e os sentidos afirma: “Sim, é verdade! A não ser porque já existiriam em minha memória? Porém, elas estavam tão abrigadas e ocultas em cavernas secretíssimas que talvez não pudesse pensar nelas, '''se de lá não fossem arrancadas''' por quem me alertasse" (''in'' CONFESSIONUM LIBRI '''XIII - X.10.'''17). A tradução de ''commemorare'' considerei o contexto onde estava inserida. Em alguns casos, segui a literalidade como em I-9, enquanto em outros, como I-19, considerei a citação acima e, traduzi por ''evocar'', ''chamar de algum lugar''.</ref>, que aqui por
si a nossa conversa per si
indicará<ref>É de notar que não surge ao longo do texto latino de ''De Magistro'' a palavra ''repraesento'' ou qualquer uma de suas derivações latinas, enquanto por inúmeras vezes, ao tratar dos signos, Agostinho faz uso do verbo ''indicare''. A opção por ''indicar'' é uma peculiaridade pertinente à semiótica agostiniana, em que o signo atua como indicativo no sentido de potencializar uma possibilidade de ser e não uma mera representação manifesta. Por isso escreveu: ''Uma palavra é apenas um signo do que quer que seja uma coisa, a fim de que o ouvinte possa entender aquilo que narra um locutor [..] um signo é aquilo que indica algo além de si mesmo à mente'' (''in'' DE DIALECTICA Liber '''I - V''').</ref>. Mas, se tu não
julgas aprender ao rememorar
e tampouco rememora aquele
que ensina, não te contesto.
Agora, instituo duas causas
para a locução, ou ensinar ou
rememorar quer em outros}}
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Página:De Magistro (Editora Fi).pdf/33
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2022-08-22T10:50:48Z
Erick Soares3
19404
/* Revistas e corrigidas */
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text/x-wiki
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{{justificado|
commemoremus vel alios vel
nos ipsos, quod etiam, dum
cantamus, efficimus; an tibi
non videtur?
10.'''Adeodatus''' - Non prorsus;
nam rarum admodum est, ut
ego cantem commemorandi
me gratia, sed tantummodo
delectandi.
11.'''Augustini''' - Video, quid
sentias. Sed nonne adtendis
id, quod te delectat in cantu,
modulationem quandam esse
soni? Quae quoniam verbis et
addi et detrahi potest, aliud
est loqui, aliud cantare; nam
et tibiis et cithara cantatur, et
aves cantant, et nos interdum
sine verbis musicum aliquid
sonamus, qui sonus cantus
dici potest, locutio non
potest; an quicquam est, quod
contradicas?
12. '''Adeodatus''' - Nihil sane.}}
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{{justificado|
quer em nós mesmos, como o
fazemos ao cantarmos. À ti
assim não seria
compreendido?
10.'''Adeodato''' - Não
especificamente, raro seria
que se desse à rememorar;
mas sim advém do encanto no
canto.
11.'''Agostinho''' -o que
ajuízas<ref>Optei por traduzir: ''sentias'' por ''ajuízas'' porque no texto anterior Agostinho solicita de Adeodato “o que ''julgas'' a respeito de..”, e ''video'' por ''compreender'', embora fosse possível também traduzir por ''perceber''. Tanto em português como em latim estas duas palavras podem ser sinônimas, no entanto vertendo-se as duas para o latim, apenas ''compreender'' poderá ser traduzida por ''interpretari'', que é a visão hermeneuta de minha tradução.</ref> compreendo, mas
não atentarias que aquilo que
no canto deleita, seria certa
modulação do som? Desde
que se possa adicionar ou
subtrair palavras, uma coisa
seria falar, outra cantar.
Efetivamente ao som de
flautas e citara se canta; os
pássaros cantam e mesmo nós
alguma música sem palavras
entoamos, que sons de canto
se poderia chamar, contudo
locução não. Objetarias algo?
12.'''Adeodato''' - Seguramente
nada.}}
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2022-08-22T10:51:27Z
Erick Soares3
19404
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commemoremus vel alios vel
nos ipsos, quod etiam, dum
cantamus, efficimus; an tibi
non videtur?
10.'''Adeodatus''' - Non prorsus;
nam rarum admodum est, ut
ego cantem commemorandi
me gratia, sed tantummodo
delectandi.
11.'''Augustini''' - Video, quid
sentias. Sed nonne adtendis
id, quod te delectat in cantu,
modulationem quandam esse
soni? Quae quoniam verbis et
addi et detrahi potest, aliud
est loqui, aliud cantare; nam
et tibiis et cithara cantatur, et
aves cantant, et nos interdum
sine verbis musicum aliquid
sonamus, qui sonus cantus
dici potest, locutio non
potest; an quicquam est, quod
contradicas?
12. '''Adeodatus''' - Nihil sane.}}
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{{justificado|
quer em nós mesmos, como o
fazemos ao cantarmos. À ti
assim não seria
compreendido?
10.'''Adeodato''' - Não
especificamente, raro seria
que se desse à rememorar;
mas sim advém do encanto no
canto.
11.'''Agostinho''' - o que
ajuízas<ref>Optei por traduzir: ''sentias'' por ''ajuízas'' porque no texto anterior Agostinho solicita de Adeodato “o que ''julgas'' a respeito de..”, e ''video'' por ''compreender'', embora fosse possível também traduzir por ''perceber''. Tanto em português como em latim estas duas palavras podem ser sinônimas, no entanto vertendo-se as duas para o latim, apenas ''compreender'' poderá ser traduzida por ''interpretari'', que é a visão hermeneuta de minha tradução.</ref> compreendo, mas
não atentarias que aquilo que
no canto deleita, seria certa
modulação do som? Desde
que se possa adicionar ou
subtrair palavras, uma coisa
seria falar, outra cantar.
Efetivamente ao som de
flautas e citara se canta; os
pássaros cantam e mesmo nós
alguma música sem palavras
entoamos, que sons de canto
se poderia chamar, contudo
locução não. Objetarias algo?
12.'''Adeodato''' - Seguramente
nada.}}
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